segunda-feira, 28 de abril de 2008

Os riscos da vaidade precoce

Crianças e adolescentes estão cada vez mais preocupados com a aparência
Gislândia Governo
Rio - Tamires Bento Ramos tem 6 anos. Vaidosa, não sai de casa sem batom, perfume e gel ou escova no cabelo. Sem falar nas unhas com esmalte rosa. Clara da Costa Faria, 8, adora passar cremes e se maquiar. Já Fernando Zorzan Lima, 13, pinta os cabelos. Nem mesmo uma reação alérgica e o ressecamento dos fios o fez desistir. Ele agora quer fazer reflexo.A vaidade cada dia mais presente em crianças e adolescentes preocupa os pais, pois o uso precoce de cosméticos pode ser prejudicial. “A pele da criança é mais sensível e fina. Deve-se tomar cuidado, pois desenvolvem mais bolhas ou feridas ao serem expostos a produtos químicos”, diz a dermatologista Ana Pia.Mãe de Tamires, a cabelereira Tatiane Nepomucemo Bento, 26, diz que a menina só usa produtos para crianças. “Só deixo que use batom claro ou brilho nos lábios”, afirma. Tamires explica que adora se pintar para ir a festas. “Acho que fico mais bonita”, confessa. Já Clara gosta tanto de hidratantes, que não deixa ninguém mexer em seus potes. “Tenho de várias marcas, porque adoro.”Se for necessária a aplicação de cosméticos, os médicos recomendam fórmulas suaves. “Com os hipoalergênicos há menor probabilidade de alergia. Quanto mais cedo se começa a usar cosméticos, maiores as chances de desenvolver alergia”, destaca Ana Pia. A dermatologista Mariana Pinheiro Machado de Miranda ressalta: “Quanto mais maquiagem, mais os poros se fecham. E com isso problemas como acne podem surgir.” Os cosméticos que mais causam alergias são esmaltes, sombras, rímel e produtos para cabelo. “A pálpebra é muito sensível. Crianças podem ter irritação e conjuntivite. Esmaltes, só de vez em quando. Mais prejudicial ainda é a acetona. O solvente pode causar danos com a simples inalação”, avisa Ana Pia.Perfumes e xampus também merecem atenção. “Xampus devem ser hipoalergênicos e, de preferência sem sal”, diz Mariana. Cosméticos com validade vencida — comumente usados pelas meninas em brincadeiras — não devem ser utilizados. “São grandes os riscos de desenvolver dermatite”, avisa. DANOS AOS FIOS DE CABELO E À COLUNAPara ter os cabelos lisos, a escova progressiva é a preferida dos jovens. Mas o formol, uma das substâncias utilizadas, representa perigo. “O cheiro do formol é tóxico”, frisa a dermatologista Mariana Pinheiro. “O couro cabeludo, por ser mais sensível, ainda pode desenvolver dermatite seborréica, queda de cabelo, ressecamento, ardência, além de irritação nos olhos. Crianças têm mais chances de desenvolver problemas que os adultos, já que a imunidade não é tão forte. Recomendo que tratamentos químicos não sejam feitos antes dos 16 anos”, observa. O terapeuta capilar Marco Antônio da Silva, do Centro Técnico Never, alerta para o perigo dos danos aos fios e ao couro cabeludo causado pelo excesso de tinturas, alisamentos, chapinhas e outros procedimentos nesta faixa etária. “Os jovens usam cada vez mais produtos químicos e seguem modismos”, observa Marco Antônio. O adolescente Fernando tinge mensalmente os fios. Tanta vaidade resultou em alergia e ressecamento do cabelo. “Faço tratamento na dermatologista. Mas acho importante ficar bonito para as meninas”, justifica. Os riscos do salto alto usado pelas garotas antes dos 12 anos são lembrados pelo ortopedista Anselmo Lins: “É prejudicial para a criança em desenvolvimento, pois afeta a coluna.”

Fonte: http://odia.terra.com.br/ciencia/htm/os_riscos_da_vaidade_precoce_167146.asp - 26/04/08

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Saiba o que é dermocosmetologia

por Sonia Corazza

Mas o que significa este termo, cada vez mais presente no linguajar dos técnicos e profissionais de marketing das empresas ligadas a beleza? Sob esta bandeira proliferam no mercado produtos com o intuito de cuidar da saúde da pele. É preciso separar muito bem o que é um mero modismo, do que me parece uma redundância.
Segundo o professor emérito do Departamento de Dermatologia da faculdade de medicina da Universidade de São Paulo, dr. Sebastião Sampaio "A aplicação de drogas na superfície cutânea, além do tratamento de dermatoses, objetiva proteção e conservação da pele normal". Considero também fundamental relembrar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária define cosmético como o produto de uso externo, destinado à proteção ou ao embelezamento das diferentes partes do corpo.
Dessa forma o termo "dermocosmético" se aplica a todo e qualquer produto cosmético que protege a pele e seus anexos.
Tenho observado que as empresas freqüentemente usam o termo dermocosmético para falar de seus produtos de grau de risco II, onde princípios ativos bem definidos e em concentrações efetivas, cumprem determinadas funções, como limpar, proteger, estimular e refrescar, entre tantas outras.
Ativos cada vez mais ativos
A obtenção de princípios ativos potentes, como os Alfa-hidróxi-ácidos, de fato movimentou o mercado cosmético há alguns anos, apontando para um caminho de resultados efetivos, no sentido de melhorar a textura e aparência da pele.
A partir de então, as empresas fabricantes de matérias-primas trouxeram, sempre sob o comando da comprovação científica, novíssimas substâncias com o poder de atenuar o aspecto da pele em processo de envelhecimento. Mas a grande preocupação é realmente a de proteger todas as estruturas dos efeitos deletérios, internos ou externos.
A atenção com a proteção solar se consagrou, trazendo uma nova cultura de formular produtos para cuidado facial. Há uma década, eram poucas as empresas que tinham em seu leque de opções fórmulas com hidratantes faciais contendo filtro solar UVA e UVB. Hoje, a média de mercado mostra que uma proteção ao redor de FPS-15 é a predominante.
A biotecnologia conseguiu sintetizar ou separar frações específicas de ativos, que podem promover efeitos que melhoram a luminosidade e tonalidade da pele, preenchem sulcos e melhoram o relevo cutâneo, estimulam o processo de regeneração celular, protegem as terminações nervosas, entre tantos outros benefícios.
Universo de possibilidades
Empresas líderes mundiais da área cosmética têm investido milhares de dólares, muito tempo e inteligência em busca de soluções para melhor compreender a biologia cutânea, os efeitos deletérios da oxidação e as formas de supressão dos mecanismos de defesa. Com tal base de dados, inovações cosméticas surgem a cada dia, tornando nossa aparência mais preservada e nossa pele mais sadia. Se isso é dermocosmetologia, então estamos conversados, que assim seja!

http://www1.uol.com.br/vyaestelar/beleza.htm