quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Protetor solar nacional

Sabe onde os pesquisadores foram descobrir o protetor nacional? Em uma fruta brasileiríssima, o caju! Mais precisamente, na casca da castanha do caju. E sai pela metade do preço!
O Instituto Nacional do Câncer botou o bloco na rua: lançou, neste fim de semana, uma campanha contra o câncer de pele. Entre as recomendações, usar sempre o filtro solar. E olha, tem novidade das boas no mercado.
Como diz o povo, o sol é para todos. Já o protetor solar... “Eu não uso protetor solar, porque é muito caro”, diz um vendedor ambulante. A dermatologista Fátima Pires pergunta para um banhista quantas vezes ele passa o filtro solar. “Eu só passo o filtro solar uma vez”, responde o rapaz. “Mas não pode, porque você transpira e o filtro solar sai. Você passa a mão no rosto e o filtro solar sai. Você tem que repetir isso várias vezes”, aconselha Fátima. “Isso eu não sabia”, alega o jovem. Mas será que o brasileiro tem dinheiro pra comprar tanto protetor solar? “O preço é exagerado, porque quem pega sol e que está sujeito a câncer não é só quem tem poder aquisitivo, é o pobre também”, ressalta o aposentado Gilberto Souza. O Fantástico foi às ruas com a dermatologista Fátima Pires e confirmou: a maioria das pessoas não usa protetor ou usa muito menos do que deveria. Um frasco de filtro solar de 120 mililitros com fator de proteção 20 custa, em média, R$ 20. O preço é alto, ainda mais em país onde, a cada ano, cerca de 120 mil pessoas têm câncer de pele. O protetor solar é feito com substâncias importadas – justamente os filtros que protegem a pele contra queimaduras e o câncer. A boa notícia é que o filtro solar nacional já está chegando. Ele foi criado por três universidades brasileiras: a Católica de Brasília, a Universidade de Brasília e a Federal do Rio de Janeiro. “Nesse momento, a gente está exatamente na fase de transformar o que a gente fez em processo de laboratório em processo industrial”, explica a diretora do Instituto de Química da Universidade de Brasília, Maria Lucília dos Santos. Sabe onde os pesquisadores foram descobrir o protetor nacional? Em uma fruta brasileiríssima, o caju! Mais precisamente, na casca da castanha do caju. É um líquido retirado da casca da castanha que dá origem ao protetor solar nacional. Em aproximadamente dois anos, ele deve estar no mercado. Poderá custar até 50% mais barato. “A partir de maio de 2006, a gente depositou a patente internacional dela. Então, ela esta sob proteção”, informa a professora da UFRJ Sheila Garcia. Mas é muito importante lembrar: a casca ou o óleo da castanha do caju jamais passar diretamente na pele, porque provocam queimaduras. Somente depois de processado em laboratório o produto passa a proteger a pele. Em qualquer estação do ano, não se esqueça: mesmo com protetor solar, é perigoso pegar muito sol, principalmente entre 10h e 16h, quando os raios Ultravioleta castigam mais. Para os trabalhadores, atenção! Quem se expõe ao sol diariamente, não facilite. Além do protetor solar, use chapéus e roupas que protejam o corpo. A lei ainda não obriga as empresas a fornecer protetor solar, mas algumas já fazem isso espontaneamente como os Correios. No Brasil inteiro, mais de 40 mil funcionários são orientados pela empresa a não ir para rua sem protetor solar. “Aqui a gente tem de graça, então não tem como dizer que não vai usar”, conta a carteira Kellen Christine Soares.
“Está muito bom mesmo. Evoluiu bastante e a gente passa todo dia o protetor solar”, diz o carteiro Gilberto Nunes. Esta aí um bom exemplo que poderia ser seguido por outras empresas.


Fonte: - http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,AA1461579-4005-640847-0-18022007,00.html - 18/02/2007

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