sábado, 1 de setembro de 2007

Antioxidante à base de planta combate rugas

Jerusalém. Um novo método para combater rugas na pele tem como base um antioxidante encontrado em plantas. A novidade foi desenvolvida por cientistas da Faculdade de Agricultura, Alimentos e Meio Ambiente da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel. Em pesquisa de doutorado na universidade, Orit Bossi isolou um antioxidante baseado numa planta que atrasa o processo de envelhecimento reagindo contra a quebra de fibras de colágeno na pele. Orit conduziu sua pesquisa com a supervisão de Zecharia Madar, da universidade, e de Shlomo Grossman, da Universidade Bar-Ilan, também em Israel. Antioxidantes atuam contra radicais livres que danificam muitos tecidos no corpo, inclusive a pele. Quando encontrados em pequenas quantidades, os radicais livres não são prejudiciais, participando inclusive de vários processos orgânicos. Entretanto, quando em excesso, como ocorre durante o envelhecimento ou como resultado de exposição excessiva à radiação ultravioleta do sol, provocam a destruição do colágeno e das fibras elásticas na pele. Quando isso acontece, há uma perda acentuada de elasticidade e novas rugas são formadas. - Um problema de muitos antioxidantes comerciais encontrados hoje no mercado que dizem retardar o processo de envelhecimento é que eles oxidam rapidamente e, portanto, sua eficiência declina com o tempo - disse Orit. - A vitamina C, por exemplo, oxida muito rápido e é sensível a altas temperaturas. Isto também acontece com o antioxidante EGCG encontrado no chá verde e na vitamina E. Mas, ao contrário destes exemplos, o antioxidante usado na nova pesquisa é capaz de suportar altas temperaturas, é solúvel em água e não oxida facilmente, continuando eficiente com o tempo. Orit prevê uma nova geração de produtos cosméticos que não apenas combaterão o envelhecimento, como também serão mais eficientes contra os níveis mais profundos de rugas na pele do que os produtos atuais. O especialista não revelou qual a planta que usou para retirar o antioxidante, já que o estudo está em processo de ser patenteado. Na pesquisa, Orit conduziu experiências com tecido de pele de ratos, que se parecem com o dos humanos. A médica aplicou o antioxidante em dois grupos de células da pele - as que foram expostas a raios de sol e receberam o seu antioxidante e as que foram expostas e não receberam o produto. As células não tratadas mostraram um aumento nos radicais livres que causam rugas, enquanto as células tratadas não tiveram um aumento significativo nesses marcadores.

FONTE: http://jbonline.terra.com.br/ - 31.08.07

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